Em meio a uma onda de denúncias de descontos indevidos nos benefícios do INSS, o governo Lula decidiu que a conta final poderá cair no colo do contribuinte.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira (8) que, caso os bens das associações envolvidas não sejam suficientes para cobrir os prejuízos causados aos aposentados e pensionistas, será o Tesouro Nacional ou seja, o dinheiro do povo que bancará o ressarcimento.
A medida, embora anunciada como um esforço de justiça social, levanta questionamentos sobre a responsabilidade do Estado em assumir perdas geradas por entidades privadas.
Segundo Tebet, a Junta de Execução Orçamentária (JEO) começa a atuar na próxima semana com a missão de garantir que "ninguém fique no prejuízo", obedecendo a determinação do presidente Lula.
A Advocacia-Geral da União já bloqueou mais de R$ 2 bilhões em contas das associações suspeitas. No entanto, diante da incerteza sobre a suficiência desses recursos, o governo não hesita em acionar o bolso do contribuinte para cobrir o rombo.
"Vamos complementar com dinheiro público, mas com responsabilidade", garantiu Tebet uma frase que, para muitos, soa como tentativa de suavizar o impacto de uma escolha controversa.
Os beneficiários afetados serão notificados pelo aplicativo Meu INSS. A iniciativa busca dar transparência ao processo, mas não esconde o fato de que a população, já pressionada por altos impostos, poderá acabar pagando por falhas alheias sem garantia de que os verdadeiros culpados arcariam com as consequências.