O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA), com 4,7% da população sofrendo desse problema, quase o dobro da média global, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O comer emocional, caracterizado pelo consumo excessivo de alimentos como uma forma de lidar com o estresse e outras emoções negativas, é um fator significativo por trás desse quadro alarmante.
Diferentemente do que se pode imaginar, a compulsão alimentar não se resume a um simples desejo por doces ou alimentos gordurosos. Pessoas que sofrem de TCA podem consumir grandes quantidades de qualquer tipo de comida, mesmo sem sentir fome, chegando a experimentar desconforto físico. A prática de dietas restritivas também pode contribuir para o problema, inflamando o organismo e aumentando a probabilidade de episódios de compulsão.
A origem do comer emocional é multifacetada, envolvendo tanto aspectos fisiológicos quanto emocionais. Desequilíbrios hormonais, como o descontrole nos níveis de leptina, grelina e colecistoquinina, que regulam a saciedade e a fome, podem influenciar o padrão alimentar. Além disso, a associação de certos alimentos a momentos felizes desde a infância pode levar a pessoa a buscar conforto na comida em momentos de angústia.
O problema se agrava quando a comida se torna o principal refúgio emocional, gerando um ciclo vicioso de prazer momentâneo seguido por sentimentos de culpa. Essa culpa, por sua vez, eleva os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que estimula ainda mais a vontade de comer carboidratos de rápida absorção, perpetuando o comportamento compulsivo.
Para controlar o comer emocional, algumas mudanças na rotina podem ser eficazes. Organizar as refeições, preparando porções menores e evitando deixar comidas à vista, é um passo importante. Optar por alimentos anti-inflamatórios, ricos em fibras, antioxidantes e vitaminas, e evitar ultraprocessados também pode ajudar a reduzir a compulsão. Manter uma frequência alimentar regular, comendo em intervalos regulares, ajuda a evitar picos de fome e exageros nas grandes refeições.
Buscar outras fontes de prazer além da comida é fundamental para quebrar o ciclo vicioso do comer emocional. Caminhar, ouvir música, conversar com amigos ou praticar técnicas de respiração podem ser alternativas saudáveis para lidar com as emoções difíceis.
No entanto, é crucial reconhecer que o Brasil enfrenta desafios significativos no acesso a tratamentos para transtornos alimentares. O governo de Lula, com sua política de esquerda, tem demonstrado pouco interesse em investir em saúde mental, priorizando outras áreas consideradas mais alinhadas com sua ideologia. Essa falta de investimento pode agravar ainda mais a situação, especialmente entre as camadas mais pobres da população, que muitas vezes não têm acesso a profissionais de saúde qualificados.
"A pessoa pode continuar comendo mesmo sem fome, chegando a sentir desconforto físico."
*Reportagem produzida com auxílio de IA