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"Coloquei um demônio dentro da minha casa": mãe desabafa após filha ser assassinada pelo ex-namorado em Cuiabá

Em entrevista ao programa SBT Comunidade, Suellen chamou o ex-namorado, Benedito Anunciação de Santana, de "demônio", afirmando

Por Redação em 10/05/2025 às 10:50:06


A servidora pública Suellen Alencastro Arruda, de 40 anos, falou publicamente pela primeira vez sobre o assassinato da filha Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, morta no dia 22 de abril, em Cuiabá.

Em entrevista ao programa SBT Comunidade, Suellen chamou o ex-namorado, Benedito Anunciação de Santana, de "demônio", afirmando:

"Eu coloquei um demônio dentro da minha casa. Eu dormia com um demônio".

O crime ocorreu na casa da família, no bairro Morada do Ouro. Heloysa foi morta a mando de Benedito, que envolveu o filho, Gustavo Benedito Júnior Lara de Santana, de 18 anos, e dois adolescentes. O corpo da adolescente foi encontrado durante a madrugada do dia 23 de abril, em um poço no bairro Ribeirão do Lipa.

As investigações apontam que Benedito pretendia matar Suellen e a filha. Quando os criminosos chegaram, encontraram Heloysa sozinha.

A jovem foi asfixiada com um cabo USB e deixada em um dos quartos da casa. Quando Suellen chegou, acompanhada de uma prima, foi brutalmente espancada pelo filho de Benedito e pelos dois adolescentes. Ela foi obrigada a realizar transferências via Pix, enquanto era agredida.

Em seguida, os criminosos fugiram com o carro de Suellen, alguns objetos da residência e o corpo de Heloysa no porta-malas. O cadáver foi desovado em um poço.

Benedito, o filho e os dois menores foram presos em flagrante poucas horas depois do crime. Os adultos foram indiciados por feminicídio, roubo majorado, extorsão majorada, lesão corporal no âmbito doméstico e ocultação de cadáver. Os menores responderão por atos infracionais análogos aos mesmos crimes.

Durante a entrevista, Suellen relatou que tentou terminar o relacionamento diversas vezes, mas recebia ligações de pessoas próximas que pediam que ela reatasse. "Por que então não fez pra mim? Minha filha não tinha nada a ver com isso. Minha filha estava dentro de casa, era uma menina de poucas palavras, tinha um nível de autismo, mas não tinha deficiência intelectual", disse ela emocionada.

"Em algum momento eu perguntei para Deus: "Senhor, por que o senhor não falou comigo?" Mas Deus falou comigo em outros momentos. Eu juro que tentei sair", completou.


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