Em mais um desdobramento da Operação Sisamnes, a Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a 5ª fase da investigação que mira um complexo esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com ramificações nos estados de Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal.
A ofensiva tem como foco o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de aproximadamente R$ 20 milhões em bens e a apreensão de passaportes dos investigados, impedindo que deixem o país.
A investigação revelou a existência de uma sofisticada rede financeira e empresarial estruturada para ocultar a origem de recursos ilícitos oriundos de supostas propinas destinadas à compra de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A operação busca evidenciar como essa engrenagem criminosa foi montada para evitar o vínculo direto entre quem paga e quem recebe os valores indevidos dentro do Judiciário.
Autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a ação expõe a gravidade das suspeitas que atingem não apenas operadores financeiros, mas também agentes públicos, numa trama que levanta questionamentos sobre a integridade de decisões em tribunais superiores.
A Polícia Federal segue com a coleta de provas e depoimentos que possam robustecer o inquérito, que tramita sob sigilo.
O objetivo é identificar todos os envolvidos e compreender a extensão da organização criminosa que, segundo os investigadores, operava com profissionalismo e discreção, valendo-se de mecanismos típicos de lavagem de dinheiro para dificultar o rastreio das transações.